AS CHAVES DOS NOVE PRIMEIROS MESES
- O negócio cresceu mais de 5%, com um volume de prêmios de 17,987 bilhões de euros.
- Os furacões e terremotos, com um impacto estimado de 176 milhões de euros, reduziram o lucro em 22,3%. Sem esse efeito, o lucro teria crescido 8,6%.
Excelente evolução do negócio na Espanha, tanto em lucro (+9,2%) quanto em prêmios (+3,7%), superando amplamente o mercado. - Contribuição positiva do negócio ressegurador, que cresce em prêmios e proporciona mais de 97 milhões de euros ao lucro, apesar do impacto das catástrofes naturais.
- A MAPFRE mantém em 6 centavos, de euros, por ação os dividendos a receber dos resultados do exercício 2017.
Nos nove primeiros meses do exercício, a receita da MAPFRE atingiu 21,292 bilhões de euros, o que representa um aumento de 1,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os prêmios cresceram 5,1%, chegando a 17,987 bilhões de euros, estimulados pelo aumento dos negócios na Espanha, no México e pelos negócios de resseguros e de riscos globais. O lucro líquido, por sua vez, ficou em 445 milhões de euros, com uma queda de 22,3% devido aos custos das recentes catástrofes naturais que ocorreram na América do Norte e no Caribe, cujo impacto estimado é de 176 milhões de euros líquidos. Se fosse excluído o efeito dessas catástrofes, o lucro atribuído teria crescido 8,6%.
Essas catástrofes (furacões e terremotos) afetaram também a taxa combinada do Grupo, que está em 98,7%, apesar da magnitude desses eventos de dimensão e frequência excepcionais. Sem esses eventos, a taxa combinada teria sido de 96,3%. É importante destacar a evolução do negócio de resseguros, que proporciona 97 milhões de euros ao lucro, com uma taxa combinada de 96,6%, bem como o forte crescimento do negócio na Espanha, especialmente em termos de lucro.
O patrimônio líquido ao final de setembro de 2017 ficou em 10,792 bilhões de euros, enquanto os fundos próprios, por sua vez, atingiram 8,781 bilhões de euros e os ativos totais, no fim de setembro, foram de 67,733 bilhões de euros.
Os investimentos da MAPFRE subiram para 49,370 bilhões de euros no final de setembro. 54% deles correspondem à dívida soberana, enquanto 20% são investimentos de renda fixa corporativa e 9% está em ações e fundos de investimento.
A taxa de Solvência II ao final do primeiro semestre deste ano ficou em 205,6%, com 87% de capital de máxima qualidade (TIER 1), o que evidência a grande solidez e estabilidade do Grupo, apoiado por uma alta diversificação e rigorosas políticas de investimento e gestão.
1.- Evolução do negócio:
A Unidade de Seguros obteve nos nove primeiros meses deste ano prêmios por valor de 14,88 bilhões, o que representa um aumento de 6,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
→ A Área Regional Ibéria (Espanha e Portugal), registra um aumento bastante favorável, tanto em prêmios (+3,7%) quanto em lucro (+8,2%).
Na Espanha, os prêmios aumentaram 3,7%, até 5,151 bilhões de euros, um crescimento bastante superior ao registrado pelo setor. O destaque é para o negócio de automóveis, com um volume de prêmios de 1,652 bilhão de euros (+3,3%), com um crescimento superior ao do mercado e uma melhora da taxa combinada de 4,4 pontos percentuais, até 91%. É importante ressaltar a melhora da sinistralidade, graças ao cancelamento das apólices não rentáveis, principalmente de frotas, bem como pela evolução favorável do negócio da VERTI. O negócio de seguros gerais registrou prêmios de 1,273 bilhão (+2,4%), com destaque para o bom desempenho do negócio de responsabilidade civil e da maior parte dos ramos de não vida particulares e de empresas. Os prêmios de saúde e de acidentes superaram 606 milhões de euros (+3,6%).
O negócio da MAPFRE VIDA, por sua vez, cresceu 4,7%, e os prêmios superaram 1,594 bilhão de euros, com destaque para a contribuição do canal bancário e, especialmente, o crescimento da BANKIA MAPFRE VIDA (+65,4%). O negócio de fundos de investimento e outros aumentou 19,5%, até 3,654 bilhões de euros, enquanto o patrimônio dos fundos de pensões aumentou 9,9% e ficou em 4,931 bilhões de euros.
O lucro atribuído do negócio na Espanha durante os nove primeiros meses deste ano cresceu 9,2%, atingindo 390 milhões de euros.
→ Os prêmios da Área Regional Brasil, ficaram em 3,449 bilhões de euros, o que representa um aumento de 7,8% em relação a setembro do ano anterior, refletindo a revalorização do real brasileiro (+8,8%). O destaque é para a contribuição do negócio de seguros gerais (1,364 bilhão de euros, com crescimento de 14%), do negócio de vida (1,127 bilhão de euros, +4,5%) e de automóveis (955 milhões de euros, com um aumento de 3,8%).
→ A Área Regional Latam Norte aumentou seu negócio em 53,4%, até 1,458 bilhão de euros, com destaque para a contribuição do México (1.013 bilhão de euros), com crescimento de 83,8%, graças à renovação da apólice da Pemex. O Panamá contribuiu com 166 milhões de euros (+11,3%), enquanto a República Dominicana cresceu 5,9%, atingindo 90 milhões de euros.
→ Os prêmios da Área Regional Latam Sul subiram para 1,290 bilhão de euros, uma cifra 0,3% superior à registrada em setembro do ano passado. É importante destacar que há crescimento em todos os países, exceto no Chile, onde ocorre uma queda no negócio de automóveis e de seguros gerais devido à uma não renovação de alguns negócios deficitários e a saneamentos de carteira. Por sua vez, o Peru contribui com 359 milhões de euros (+1,7%). Também é importante destacar a evolução da Colômbia, com crescimento de 1,3% em prêmios, chegando a 309 milhões de euros, e frente a perdas de mais de 22 milhões em setembro de 2016, agora proporciona ao Grupo um lucro superior a 10 milhões de euros.
→ A Área Regional América do Norte registrou um volume de prêmios de 1,977 bilhão de euros, 1,2% a menos que o mesmo período do ano anterior. Nos Estados Unidos, os prêmios foram reduzidos em 0,1%, até 1,717 bilhão, consequência do cancelamento do negócio deficitário fora de Massachusetts com o objetivo de melhorar a rentabilidade nesses estados. Em Porto Rico, os prêmios ficaram em 260 milhões, 8% a menos. A queda se deve também à não renovação de negócios não rentáveis e à redução significativa da atividade comercial em setembro, como consequência da passagem de furacões pelo país.
→ Os prêmios da Área Regional EMEA ficaram em 1,390 bilhão de euros, 4,1% a menos. Por sua vez, na Turquia, os prêmios tiveram redução de 18,8% (permanecem estáveis em moeda local), atingindo 501 milhões, devido, entre outras razões, à depreciação da lira turca e a uma política de subscrição mais rígida, com foco no crescimento rentável. Na Itália, o negócio cresceu 2,1%, chegando a 352 milhões, consequência do saneamento da carteira e de uma política de tarifas alinhada com o objetivo de crescimento rentável. Na Alemanha, os prêmios cresceram 7,5%, até 259 milhões de euros. É importante destacar que desde junho na Alemanha, a MAPFRE opera com a marca VERTI, com uma adesão muito boa tanto em novo negócio quanto em renovações. Além disso, em agosto começou a comercializar seguros de vida nesse mercado. Em Malta, o negócio cresceu 12,8%, atingindo 278 milhões de euros.
→ A Área Regional APAC teve um aumento dos prêmios durante os nove primeiros meses do ano de 63,5%, chegando a 56 milhões de euros. Esse crescimento foi impulsionado pela incorporação, desde junho, do negócio da ABDA (Indonésia), empresa da qual a MAPFRE controla 62,3% após o lançamento da Oferta Pública de Aquisição de ações (OPA).
Os prêmios da Unidade de Resseguro aumentaram 3,8% durante os nove primeiros meses do ano, com 3,301 bilhões de euros. É importante destacar a contribuição positiva desse negócio ao Grupo, tanto em prêmios quanto em lucro. Ao final de setembro, a MAPFRE RE registrou um lucro de 97 milhões de euros (-20,7%), apesar dos eventos catastróficos que tiveram um custo líquido para essa unidade de negócio de cerca de 73 milhões de euros. Não obstante, a carteira de riscos não catastróficos da MAPFRE RE mantém excelentes níveis de rentabilidade. A MAPFRE RE contribui com 21,9% do lucro atribuível do Grupo.
A Unidade de Riscos Globais, por sua vez, aumentou seus prêmios em 6,9% nos nove primeiros meses do exercício, com 950 milhões de euros e destaque para o crescimento do negócio nas áreas regionais Latam Norte e EMEA, com aumentos de prêmios de dois dígitos. Os últimos eventos catastróficos tiveram um custo para essa unidade de 73 milhões de euros, com o resultado ficando com perdas de 87 milhões de euros.
Por fim, a Unidade de Assistência continua com seu processo de restruturação com a saída de mercados não rentáveis.
2.- Dividendo:
O Conselho de Administração aprovou um dividendo a receber dos resultados do exercício de 2017, que se mantém em 6 centavos de euro por ação.

(1) Inclui a carteira de inversões, fundos de inversão e fundos de pensões.