O lucro da MAPFRE cresce 16,4% nos nove primeiros meses do ano até 524 milhões de euros

AS CHAVES DOS NOVE PRIMEIROS MESES

Os prêmios crescem 7% até 16,632 bilhões de euros.

Na Espanha, os prêmios aumentam 7,6%, 3,5 pontos a mais que o setor.

A MAPFRE RE (resseguro e MAPFRE GLOBAL RISKS) contribui com mais de 95 milhões para o lucro, diante perdas de 20 milhões no mesmo período do ano anterior relacionadas fundamentalmente com a pandemia e com os terremotos de Porto Rico.

Em países onde a vacinação está progredindo, a atividade é normalizada e as reclamações relacionadas à Covid-19 são reduzidas, mas estão concentradas na LATAM. Desde o início do ano, 344 milhões de euros (666 milhões desde o princípio da pandemia) foram pagos.

O índice de Solvência se posicionou em 194,5%.

O dividendo intermediário aumenta em um centavo e se situa no mesmo nível prévio à pandemia, 6 centavos, e seu pagamento é adiantado para 30 de novembro.

O lucro líquido da MAPFRE nos nove primeiros meses deste ano totalizou 524 milhões de euros, o que representa um incremento de 16,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. As receitas do Grupo superaram 19,783 bilhões de euros, um incremento de 3,8%, enquanto os prêmios cresceram 7% em euros (7,1% sem efeito negativo de moedas e o efeito positivo da política bienal do México), até alcançar 16,632 bilhões de euros. Além do efeito desta política (no montante de 473 milhões de euros), este incremento se sustenta, entre outros fatores, na favorável evolução do negócio ressegurador (que cresce 14,5%) e pelo bom desempenho comercial dos produtos de Vida Unit-Linked na Espanha.

Este resultado está fortemente afetado pelo elevado custo dos sinistros no Seguro de Vida derivados da COVID-19 que, entre janeiro e setembro, totalizaram 344 milhões de euros (a maior parte, 280 milhões de euros, concentra-se na América Latina). No terceiro trimestre, 91 milhões de euros incorridos na América Latina por este tipo de sinistros foram praticamente compensados com os mais de 90 milhões gerados pelas mais-valias realizadas. No total, desde o início da pandemia em 2020, MAPFRE alocou mais de 666 milhões de euros em reclamações relacionadas ao vírus.

No final de setembro, o índice combinado do Grupo se elevou para 1,3 pontos, situando-se em 96,5%, afetado por um incremento da sinistralidade, consequência lógica da recuperação da atividade econômica.

No final do exercício de setembro de 2021, o patrimônio atribuível do Grupo era de 8,450 bilhões de euros e o total de ativos chegou a 70,812 bilhões de euros.

Os investimentos da MAPFRE no final dos nove primeiros meses deste ano cresceram para 45,378 bilhões de euros, com a seguinte repartição:

Em junho de 2021, a taxa de Solvência II foi de 194,5%, com 87,2% de capital de máxima qualidade (nível 1), refletindo a grande resistência e solidez do balanço e uma gestão ativa dos investimentos. A posição de solvência permanece no patamar de tolerância estabelecido pela empresa (taxa de solvência objetivo de 200% com tolerância de 25 pontos percentuais).

1.- UNIDADE DE SEGUROS

Os prêmios da Unidade de Seguros, entre janeiro e setembro deste ano, atingiram 13,711 bilhões de euros, que representa um incremento de 7,6%.

Ibéria

Na Área Regional Ibéria (Espanha e Portugal), os prêmios aumentaram 7,4% para 5,704 bilhões de euros. Destaca o crescimento do negócio Vida graças, entre outros motivos, à melhoria das vendas de produtos de unit-link e de apólices de coletivos.

Na Espanha, os prêmios incrementaram 7,6% perante um avanço do setor de 4,1%, mantendo-se como o país que mais contribui para o benefício do Grupo, com 328 milhões de euros.

No negócio de Automóveis, os prêmios da MAPFRE se elevaram até 1,675 bilhões de euros, crescendo mais de 1% perante a queda do setor de quase 1%. O número de veículos segurados se incrementou em 3,6%, até quase 6,2 milhões.

Nos Seguros Gerais, os prêmios cresceram 4,7%, para 1,700 bilhões, com destaque para o bom desempenho de Lar (+2,2%), Comunidades (+6,4%) e Empresas (+9,8%). Os prémios de Saúde e Acidentes, por sua vez, cresceram 8,5%, para 744 milhões de euros (em Espanha, 683 milhões, um aumento de 9,8%).

Destaca-se também o bom desempenho do negócio SANTANDER MAPFRE, cujos prêmios no final de setembro deste ano superaram 37 milhões de euros.

O negócio Vida se incrementou em 19% até 1,389 bilhões de euros e representa um triplo crescimento em relação ao que cresceu o setor (perto de 6%) no negócio Vida. Este comportamento se assenta na melhoria do negócio de vida economia (+28,2%).

No final de setembro, o patrimônio dos fundos de aposentadoria foi de 6,150 bilhões de euros (+6,9%), enquanto os fundos de investimentos aumentaram em 14,9%, chegando a 4,452 bilhões de euros.

Brasil:

No Brasil, os prêmios totalizaram 2,534 bilhões de euros, com um crescimento de 6,7%, uma percentagem que em reais brasileiros se eleva até 16,3%. Os Seguros Gerais contribuíram com 1,334 bilhões de euros (+17,6%), enquanto os de Vida representaram 863 milhões de euros (-4,4%) e os de Automóveis, 336 milhões de euros (+0,3%). O Brasil é um dos países em que o impacto dos sinistros acontecidos como consequência da COVID-19 é mais elevado e seu custo nos nove primeiros meses deste ano totaliza 148 milhões de euros.

Latam Norte:

Na Área Regional Latam Norte, os prêmios totalizaram 1,741 bilhões de euros, representando um incremento de 44,5%. Este aumento está muito influído pela renovação da apólice de uma política de grandes riscos, pelo montante de 473 milhões de euros, que faz o negócio no México crescer 86% até 1,119 bilhões de euros. Além disso, é destacável que praticamente todos os países da região registram crescimentos durante os nove primeiros meses do ano, apesar da depreciação das principais moedas da região.

Latam Sul:

A Área Regional Latam Sul registrou um incremento de seus prêmios de 6,8% até 1,162 bilhões de euros. Destaca a contribuição do Peru, com 375 milhões de euros (-1,4%), Colômbia, com um incremento no volume de negócio de 23,1% até 284 milhões de euros, e o Chile com 219 milhões de euros (+1,6%).

América do Norte:

Na Área Regional América do Norte, os prêmios se situaram em 1,543 bilhões de euros (-6,2%), muito afetado pela depreciação do dólar (5%) e pelas estritas medidas de controle técnico implantadas nos últimos anos, com o objetivo de incrementar a rentabilidade. O benefício desta região aumentou entre janeiro e setembro 16,1%, até 77 milhões de euros. Nos Estados Unidos, os prêmios alcançaram 1,271 bilhão de euros (-5,8%). Em Porto Rico, o volume de negócio se situou em 272 milhões de euros (-7,8%), queda que se reduz para 2,9% em moeda local, e o lucro totalizou 12 milhões de euros perante perdas de 8 milhões no ano anterior, em que os terremotos tiveram um impacto significativo nas contas deste país.

Eurásia:

Os prêmios da Área Regional Eurásia se situaram em 1,029 bilhões de euros (-8,4%). Essa queda foi fortemente condicionada pela depreciação da lira turca (-22,1%). De fato, os prêmios alcançaram na Turquia 228 milhões de euros (-8,5%). Destaca a evolução da Alemanha, cujos prêmios cresceram 3,1% até 297 milhões de euros, e seu lucro se elevou em 75,8%, até superar 7 milhões de euros, e Malta, com um crescimento do negócio de 15,1% até 293 milhões e lucro de 4 milhões (+7,4%).

2.- UNIDADES DE RESSEGURO E GLOBAL RISKS

O negócio das unidades de resseguro e grandes riscos, integrado na MAPFRE RE, registrou um crescimento de 11,7% nos nove primeiros meses do ano até 4,711 bilhões de euros. Apesar do elevado impacto de diferentes eventos catastróficos, entre eles a tormenta Bernd na Europa (92 milhões de euros líquidos atribuídos), o benefício deste negócio totalizou 95 milhões de euros, perante perdas de 20 milhões no mesmo período do ano anterior. O índice combinado também melhorou significativamente (4,4 pontos), até se situar em 98,5%.