PRINCIAIS DADOS DO EXERCÍCIO
- Os prêmios ultrapassaram 23,480 milhões de euros, representando um aumento de 2,9%.
- O custo líquido das catástrofes naturais de setembro ficou em 157 milhões, 20 milhões de euros a menos do que a estimativa inicial.
- Na maioria das regiões, o índice combinado sofreu uma melhoria, ficando o destaque com a Espanha, com 93,4%.
- A MAPFRE cresceu aproximadamente 4% na Espanha, em comparação com uma queda de 0,7% do mercado.
- Em 2017, a VERTI Espanha atingiu rentabilidade.
- O negócio na Turquia, na Colômbia, no Peru e na Itália, entre outros mercados, teve uma boa evolução.
- Excelente comportamento da MAPFRE RE, que contribuiu com 163 milhões de euros para o lucro do Grupo, apesar do impacto das catástrofes.
- A MAPFRE pagará a seus acionistas 0,145 centavos de euros por ação relativos aos resultados de 2017.
Em 2017, a receita da MAPFRE chegou a 27,984 bilhões de euros, o que representa um aumento de 3,3% em relação ao ano anterior e os prêmios ficaram acima de 23,480 bilhões de euros, representando 2,9% de crescimento anual. O lucro líquido do Grupo foi de 701 milhões de euros, o que representa uma queda de 9,7% devido ao custo extraordinário das catástrofes naturais registradas em 2017, e que exerceu um impacto líquido de 126 milhões de euros no lucro. Isto não inclui o custo assumido pela MAPFRE RE, por ser considerado ordinário das suas atividades.
“Existem muito poucas companhias capazes de fazer com que os resultados de um risco catastrófico tão extraordinário como o sofrido em 2017 encaixe em seus resultados. Para a MAPFRE, isto representou ter que tratar com dois terremotos e três furacões. Fechar o exercício com um resultado acima de 700 milhões de euros é uma demonstração da capacidade e da solvência da MAPFRE, e da adequação da nossa estratégia baseada no crescimento rentável, que estamos registrando, e que compensa esse tipo de evento extraordinário”, apontou o presidente da MAPFRE, Antonio Huertas.
A boa evolução do negócio da Espanha, bem como o excelente comportamento das atividades de resseguros, é admirável, porque apesar das catástrofes, o índice combinado continua sendo excelente (94,8%) e contribuiu com 163 milhões de euros para os lucros. A evolução da rentabilidade em certos países, como a Turquia, o Peru, a Colômbia e a Itália, também é digna de destaque.
O patrimônio líquido ficou situado em 10,513 bilhões de euros, enquanto os fundos próprios no encerramento de 2017 estiveram no patamar de 8,611 bilhões de euros, 5,6% a menos, devido principalmente à depreciação das divisas em relação ao euro (639 milhões de euros). Os ativos totais chegaram a 67,570 bilhões de euros.
É importante salientar que o combinado ficou situado em 98,1%, com destaque para a evolução positiva na Espanha e nas áreas regionais da Latam Norte e da Latam Sul. Sem o impacto das catástrofes, o índice combinado teria ficado em 96,9%, 0,5 pontos percentuais abaixo do ano anterior.
No encerramento de 2017, os investimentos do Grupo chegaram a 49,796 bilhões de euros. A maior parte desses investimentos, 55%, corresponde à dívida soberana, enquanto 19,2% são investimentos de renda fixa corporativa e 8,1% está em renda variável e fundos de investimento. É importante sublinhar a qualidade desses investimentos, considerando que 24% do total deles possui qualificação de crédito AAA, AA ou A, e 64% BBB. Além disso, é de salientar os investimentos realizados pelo Grupo em investimentos alternativos em 2017, em um total de 292 milhões de euros.
No fechamento de setembro de 2017, o índice de Solvência II ficou situado em 189,4%, em comparação com 205,6% de junho, com 93% de capital da mais alta qualidade (TIER 1). Essa redução se deve principalmente à amortização da dívida subordinada em julho, e que foi emitida 10 anos antes. É importante sublinhar que o índice de solvência mantém uma grande solidez e estabilidade, sustentando em uma alta diversificação e em políticas estritas de investimento e gerenciamento.
1.- Evolução do negócio:
Em 2017, a Unidade de Seguros obteve prêmios de 19,376 bilhões, uma cifra que representa 3,7% de aumento em relação ao ano anterior.
→ O negócio na Área Regional Ibéria (Espanha e Portugal) teve um aumento de 3,8%, chegando a 6,960 bilhões de euros em prêmios. É importante destacar a evolução do negócio na Espanha, que cresceu quase 4%, chegando a 6,821 bilhões de euros, enquanto o mercado registrou 0,7% de queda, bem como a evolução positiva do índice combinado, que melhorou 0,8 pontos percentuais no último ano, chegando a 93,4%. O seguro de automóveis cresceu 3,2%, atingindo 2,235 bilhões. Além disso, seu índice combinado sofreu uma melhoria, situando-se em 90,8%, 6,5 pontos percentuais a menos que no ano anterior. O negócio de seguros gerais aumentou 2,8%, atingindo 1,653 bilhão de euros, enquanto o ramo de Saúde e Acidentes registrou 4,7% de crescimento, fazendo com que seus prêmios chegassem a 549 milhões de euros.
2017 foi o ano em que a VERTI atingiu rentabilidade na Espanha, com 75 milhões de euros em prêmios e mais de 260.000 clientes.
O negócio da MAPFRE Vida, por sua vez, cresceu 4,7%, atingindo 2,257 bilhões de euros em prêmios, em comparação com a evolução negativa (-5,6%) registrada pelo mercado. Esse crescimento foi impulsado pelo negócio de banco segurador e é muito significante considerando o cenário de baixas taxas de juros que caracterizou todo o exercício. O patrimônio dos fundos de investimento teve 15,3% de aumento (mais de 500 milhões de euros), atingindo 3,700 bilhões de euros, enquanto que os fundos de pensões aumentaram 8,5% (quase 400 milhões de euros). No encerramento de 2017, o patrimônio chegou a 5,082 bilhões de euros.
→ Os prêmios da Área Regional Brasil cresceram 3,5% chegando a 4,547 bilhões de euros, ficando o destaque para a contribuição do negócio de Seguros Gerais, que contribuiu com 1,787 bilhão de euros (+9,5%), seguido pelo de Vida, com 1,551 bilhão de euros (+1,8%), e o de Automóveis, com 1,205 bilhão de euros (-2,2%).
→ Em 2017, o negócio da Área Regional Latam Norte aumentou quase 40%, chegando a 1,772 bilhão de euros. O México teve um aumento de 65,2% que se deveu, principalmente, à renovação da apólice da Pémex, contribuindo com 1,183 bilhão de euros. Também é de destacar a contribuição do Panamá, com um volume de prêmios de 218 milhões (+4,3%), e a República Dominicana, com 125 milhões de euros (+5,7%).
→ A Área Regional Latam Sul registrou 1,699 bilhão de euros de volume de prêmios (-1,4%). Entre os países dessa área regional, se destacou a contribuição do Peru, com 1,4% de crescimento e 470 milhões de euros em volume de prêmios; a Colômbia, que obteve 394 milhões de euros de prêmios (-1,9%); e a Argentina, com 292 milhões de euros de prêmio e 3,6% de crescimento.
→ A Área Regional América do Norte encerrou o ano com 2,529 bilhão de euros de volume de prêmios (-3,6%). Nos Estados Unidos, os prêmios caíram 2,6%, chegando a 2,202 bilhões de euros. A MAPFRE está reajustando seu negócio nesse país, a fim de otimizar sua estrutura de crescimento rentável e concentrar as operações em um número mais reduzido de estados.
→ Os prêmios da Área Regional EURÁSIA (que engloba as operações na Europa, exceto a Espanha e Portugal, Oriente Médio, a África e a Ásia) chegaram a 1,870 bilhão de euros (-5,1%). São de salientar a contribuição da Turquia (653 milhões), da Itália (471 milhões), Malta (351 milhões) e da Alemanha (311 milhões). Neste último país, a MAPFRE está operando com a marca VERTI desde junho. O negócio da ABDA (Indonésia), do qual a MAPFRE controla 62,3%, foi integrado no Grupo em junho e, desde então, contribuiu com 44 milhões de euros. A excelente evolução da rentabilidade em todos os mercados mencionados também é digna de destaque.
Em 2017, os prêmios da Unidade de Resseguro permaneceram estáveis e finalizaram o exercício em 4,222 bilhões de euros. É importante sublinhar a excelente evolução que esse negócio teve, obtendo 163 milhões de euros de lucro, apesar do impacto gerado pelas catástrofes registradas em 2017 em suas contas. Logicamente, o índice combinado subiu (0,8 pontos percentuais), ficando em 94,8%.
A Unidade de Riscos Globais, por sua vez, teve 3,7% de aumento em seus negócios em 2017, chegando a atingir prêmios no valor de 1,257 bilhão de euros. Como foi a unidade mais afetada pelas catástrofes naturais, cujo impacto em suas contas chegou a 77 milhões de euros, seu resultado é negativo.
Finalmente, no encerramento de 2017, as receitas da Unidade de Assistência, Serviços e Riscos Especiais ficaram em 1,114 bilhão de euros (-3,7%).